Setembro Amarelo: conheça as causas do suicídio e como estar atento aos sinais – Por Dyedjina Bárbara
A convidada dla Coluna Semanal desta semana é Dyedjina Bárbara, Assistente Social na Saúde Menta. O objetivo da Coluna Semanal é trazer conteúdos leves, repletos de reflexões e opiniões sobre temas variados do cotidiano.
*É importante destacar que as opiniões expressas nesta coluna são de exclusiva responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a posição ou a opinião do Pauta de Hoje. Nossa missão é oferecer um espaço aberto para a diversidade de ideias e fomentar o debate sobre temas de relevância.
Setembro Amarelo: conheça as causas do suicídio e como estar atento aos sinais
O suicídio é um fenômeno global que representa uma das principais causas de morte em todo o mundo, com consequências devastadoras para indivíduos, famílias e comunidades. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas tiram suas próprias vidas a cada ano. Para cada morte, a Associação Brasileira de Psiquiatria aponta que, aproximadamente, 135 pessoas são impactadas.
O comportamento suicida é um problema multifatorial que pode afetar diversas pessoas. As principais causas do suicídio estão associadas a sofrimentos sociais, econômicos, educacionais, emocionais e psicológicos, como, por exemplo, depressão, transtorno bipolar, transtorno de personalidade borderline, abuso de substâncias como álcool ou drogas e esquizofrenia
Da mesma forma, alguns sinais podem nos indicar que alguém está em sofrimento ou até mesmo com pensamentos suicidas, tais como: choro fácil, isolamento excessivo, falta de apetite ou fome em excesso, falta de paciência e comportamento agressivo. Um sintoma muito claro, mas que nem sempre está presente, é quando a pessoa verbaliza abertamente sobre a vontade de tirar a própria vida ou até mesmo faz uso de frases como: “às vezes, eu gostaria de sumir” ou “não sei por que nasci”. Ainda que não representem, necessariamente, ideação suicida, essas afirmações demonstram que a pessoa está passando por um momento difícil, o qual demanda atenção dos familiares e amigos.
Vale salientar que os fatores de risco para o suicídio são elementos que aumentam a probabilidade de uma pessoa considerar, planejar ou tentar tirar a própria vida devido ao sofrimento. No entanto, alguns fatores de risco gerais incluem barreiras para acessar recursos de saúde mental, o que envolve muitos desafios em nível social, como, por exemplo, desigualdades, pobreza, insegurança alimentar e falta de moradia. Portanto, não é possível promover a saúde mental e prevenir o suicídio se os direitos humanos básicos não estiverem garantidos.
Para a família, estar atenta aos sinais de sofrimento é fundamental algumas formas de ajudar a evitar o suicídio incluem:
Crie um ambiente seguro e acolhedor, onde a pessoa se sinta à vontade para falar sobre seus sentimentos sem medo de julgamento.
Esteja presente, escute com atenção e ofereça apoio emocional constante. Às vezes, apenas saber que alguém se importa pode fazer uma grande diferença.
Incentive a pessoa a procurar ajuda profissional, como psicólogos ou psiquiatras. A intervenção precoce pode ser crucial.
Caso a pessoa já esteja em tratamento, certifique-se de que está seguindo as orientações médicas e tomando os medicamentos prescritos.
Reduza o acesso a meios potencialmente letais, como medicamentos, armas de fogo ou objetos cortantes, em momentos de crise.
Incentive a pessoa a se envolver em atividades que proporcionem prazer ou conforto, como hobbies, exercícios físicos ou momentos de socialização.
Esteja ciente dos fatores de risco e vulnerabilidades da pessoa e busque abordá-los de forma preventiva.
Em suma, o apoio da família é essencial para a prevenção do suicídio. Manter um diálogo aberto, oferecer suporte emocional e garantir que a pessoa tenha acesso aos recursos necessários pode salvar vidas. Prevenção ao suicídio é uma responsabilidade de todos, e o cuidado começa em casa.
Dyedjina Bárbara