Salgueiro, que sempre foi um epicentro de intensas batalhas políticas, encontra-se em ebulição a apenas um ano das eleições municipais de 2024. Nos bastidores, os grupos políticos estão frenéticos, enquanto os eleitores aguardam para ver como o tabuleiro eleitoral se configurará.
Do lado da oposição, está incerto quanto ao candidato que desafiará o atual prefeito, Marcones Sá. Duas figuras se destacam nesse contexto: o suplente de deputado, Fabinho Lisandro, que apesar da expressiva votação no último pleito, não conseguiu se eleger, e Emmanuel Sampaio, vereador mais votado e o herdeiro político de Dr. Chico Sampaio, ex-vice-prefeito falecido em 2020. O sobrenome Sampaio carrega uma parte significativa da oposição da cidade.
Independentemente das diferenças, esses dois nomes representam as melhores chances da oposição de Salgueiro para desbancar o atual governo municipal, uma vez que, segundo informações, o ex-prefeito Clebel Cordeiro já decidiu que não participará da corrida eleitoral.
Enquanto isso, na atual gestão, o prefeito Marcones Sá enfrenta desafios consideráveis. Sua rejeição vem crescendo constantemente nas pesquisas, e ele enfrenta dificuldades para aprovar um empréstimo de R$ 30 milhões na Câmara de Vereadores. Essa seria sua última tentativa de reverter sua imagem após três anos de mandato.
A situação fica ainda mais complicada com o vice-prefeito criticando constantemente, em ‘rodas de conversa’, a administração que Marcones está fazendo. Segundo os bastidores da política, ele diz que ainda não rompeu porque está “aguardando o momento certo”. Há especulações sobre as razões para a não saída imediata de Edilton, que vão desde a preocupação de perder empregos dentro da prefeitura até a esperança remota de receber o apoio de Marcones em sua própria candidatura à prefeitura. O que para quem conhece o atual prefeito, é algo completamente utópico, já que os abraços e demonstrações de aliança política de Marcones e Edilton se limitam às redes sociais, pois nos bastidores, Marcones apenas é obrigado a lidar com o seu vice, principalmente agora, que ele é diretamente ligado à governadora Raquel Lyra.
Por falar em Raquel Lyra, a intrigante hipótese de uma chapa composta por Edilton e Fabinho, levantada durante uma pesquisa que rodou pela cidade, também paira sobre o cenário político. No entanto, essa possibilidade gerou ameaças de racha no grupo de oposição, uma vez que Edilton deixou o grupo nos primeiros meses da gestão de Clebel Cordeiro, em 2017. Para muitos, essa seria uma estratégia arriscada que poderia acabar com as chances da oposição, já que parte do grupo não abre mão do nome do representante do Sampaio na chapa.
Enquanto a cidade aguarda ansiosamente pelo desfecho desses acontecimentos políticos, o atual prefeito Marcones Sá ainda não anunciou oficialmente se buscará seu quarto mandato ou se abrirá caminho para um novo nome, consciente das pesquisas que indicam uma possível derrota, relembrando a situação semelhante ocorrida no terceiro ano do governo de Clebel Cordeiro, que se concretizou na eleição subsequente.
Com um ano pela frente até as eleições municipais de 2024, Salgueiro permanece um campo político repleto de incertezas, onde cada movimento e aliança podem decidir o destino político da cidade.