O bispo da Diocese de Crato, Dom Magnus Henrique Lopes, que já esteve à frente da Diocese de Salgueiro, se manifestou nesta segunda-feira (11) sobre a repercussão de uma oração feita em Juazeiro do Norte que associou a homossexualidade e a lesbianidade a doenças. Em nota oficial, ele classificou o episódio como “uma palavra imprudente” e defendeu o Padre Monteiro, líder da comunidade Filhos Amados do Céu (FAC).
Antes da manifestação do bispo, os fundadores do grupo religioso já haviam divulgado nota afirmando não ter a intenção de ferir direitos da comunidade LGBTQIAPN+. O texto dizia acolher todas as pessoas que buscam o grupo, justificava que a oração era uma versão antiga e reconhecia falha no caso específico, encerrando com um pedido de perdão em letras maiúsculas.
A polêmica gerou denúncia ao Ministério Público do Ceará por suposta incitação ao ódio e reforço de estigmas. A oração foi conduzida por uma assistente do padre e incluiu a frase: “Jesus, quebre todas as muralhas de doenças, sejam elas quais forem, principalmente o câncer, depressão, dependência do álcool, drogas, prostituição, homossexualismo, lesbianismo…”
Na nota, Dom Magnus destacou que o deslize não apaga anos de serviço do sacerdote e ressaltou a importância do respeito à dignidade de todas as pessoas, citando uma declaração do Papa Francisco. O bispo também reconheceu que o próprio padre pediu perdão pelo ocorrido.
Fonte: O Povo Cariri
