Preocupação! Grande aumento na quantidade de animais de ruas abandonados em Salgueiro

Andar pelas ruas de Salgueiro é ver uma cena se repetir, independente do bairro: animais de pequeno porte, especialmente cães, circulam livremente nas ruas.

Abandono de animais é crime, previsto por lei, mas não há fiscalização dessa garantia. Sem donos, eles vagam dia e noite pela cidade à procura de água, comida, sombra em dias quentes ou abrigo em dias chuvosos.

A desordem populacional desse animais e ausência de políticas de controle representam um grave problema de saúde pública para o município. Nesse cenário, pode ocorrer um aumento nos casos de zoonoses, como a raiva, a leishmaniose, verminoses e outras doenças, além de brigas entre animais e mordidas em humanos.

A grande quantidade de animais soltos nas ruas da cidade também aumentam a incidência de acidentes envolvendo veículos e motocicletas e diminuem a segurança no trânsito.

Uma leitora preocupada com o aumento populacional desses animais de rua, entrou em contato com a redação do Pauta de Hoje e pediu solução para o problema. “A Prefeitura tem obrigação de fazer o controle populacional com castrações e atendimentos aos animais doentes. Muitos cachorros abandonados procriam sem controle”, desabafou.

Abrigar cães abandonados ou soltos na via pública é de competência dos municípios, visto que se trata de medida necessária à preservação da saúde pública e do meio ambiente, nos termos do artigo 23, incisos II e VII, da Constituição Federal

O trabalho voluntário de protetores independentes tenta amenizar esse problema, porém, sem abrigos na cidade e sem quase nenhuma ajuda, eles acabam acumulando dívidas em casas de ração e clínicas veterinárias.

Salgueiro: moradores reclamam de matagal e poluição no Açude Velho

Um dos cartões postais de Salgueiro, o Açude Velho é hoje motivo de preocupação e reclamação de moradores.

Poluído e com muito mato, ele tem levantado questionamentos e gerado reclamações por quem transita às margens do açude, localizado nas proximidades dos bairros Divino Espírito Santo e Granja Aurora.

Com o aumento do matagal no local que já é naturalmente poluído por esgotos e lixos domésticos, os moradores que residem próximo ao Açude Velho têm sentido na pele às consequências do abandono e ausência de serviços públicos. A situação é tão grave que há muito tempo não é possível ver água, apenas mato em todo trajeto do açude (Veja as imagens abaixo).

A falta de limpeza tem trazido danos para o homem e para o meio ambiente, com o mau cheiro, aumento de doenças, desequilíbrio ambiental e morte de peixes devido a falta de oxigênio na água provocada por excesso de matéria orgânica no reservatório.

A população pede, mais uma vez, atitude das autoridades locais no sentido de fazer a retirada dessa vegetação, minimizando os danos a população e ao meio ambiente.

 

Coluna Semanal – A evolução da pandemia de covid-19 na faixa etária pediátrica – Por Dra Caroline Teles

A Coluna Semanal de hoje já está no ar com Dra. Caroline Teles, médica pediatra, formada pela Universidade de Pernambuco, especialista em vacinação e sono infantil.

 

A EVOLUÇÃO DA PANDEMIA DE COVID-19 NA FAIXA ETÁRIA PEDIÁTRICA

Prestes a celebrar o réveillon de 2020, a China notificava o primeiro caso de Covid-19, na província de Wuhan.

Lembro como hoje, o quão se mostrava distante de nós e sem muita importância, aqueles casos iniciais que surgiram como uma epidemia que parecia se restringir a região asiática.

Entretanto, com o decorrer dos meses, o número de casos e de óbitos começaram a aumentar em outros continentes, chegando a ser registrado no Brasil, em 26 de fevereiro, o primeiro caso de contaminação pelo novo coronavírus.

Era carnaval, não estávamos muito preocupados com o cenário mundial, mas em 12 de março, com a confirmação da primeira morte aqui no nosso país, começamos a enxergar este vírus de outra maneira.

A olhos vistos, acontecia o descontrole da transmissão em todos os continentes culminando com medidas de mitigação como isolamento social, higiene frequente das mãos, uso de máscaras e fechamento das escolas.

O fechamento das escolas aconteceu em todo o mundo, pois acreditava-se que, assim como nas outras viroses (incluindo a gripe), as crianças pertenciam ao grupo de risco e eram potenciais transmissoras e disseminadoras do vírus da pandemia.

Os pais se apavoraram, com toda razão, e o resultado foi que até os dias de hoje, 80% das escolas do mundo permanecem sem funcionar.

Mas o que sabemos até a presente data sobre a Covid-19 em crianças?

Até o momento já temos uma quantidade de trabalhos científicos bastante razoável para afirmar com segurança que as crianças são menos suscetíveis a adquirir e transmitir o coronavírus, assim como, quando contraem o vírus, apresentam quadros que variam de assintomáticos a leves em 90% dos casos.

Necessitam de menos internamento (não passam de 2-4% do total de internações) e apresentando menor índice de óbitos (em torno de 0,3% do total de óbitos) comparado aos grupos etários de adultos e idosos.

A pequena quantidade de crianças que necessita de internação por agravamento do quadro (inclusive em UTI), são as que apresentam comorbidades. Dentre essas, as mais importantes no público infantil são: doenças pulmonares, obesidade, doenças neurológicas e cardiopatias.

Vale salientar que a temida Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica Pós-Covid (processo inflamatório exacerbado na criança que teve covid-19 há 3-4 semanas, onde a criança evolui gravemente e precisa de UTI), é propagada de forma terrorista pela mídia e se apresenta como quadro bastante raro (2 para cada 100.000).

Diante desse contexto, entendemos que a criança não é pertencente ao grupo de risco para Covid-19 (salvo pacientes com comorbidades) e não são propagadores da doença. Cerca de 92% delas se contaminam no ambiente familiar pelos adultos de sua convivência domésticas e apresentam – quando contaminados – uma menor carga viral, contribuindo para uma menor disseminação do vírus.

Dessa forma, precisamos reabrir as escolas o mais rápido possível, com protocolos de segurança rigorosos, uma vez que as consequências do fechamento se mostram maiores que o próprio risco da doença nos pacientes pediátricos.

Muitos estudos mostram que são várias as sequelas desencadeadas pelo isolamento social em nossas crianças e adolescentes. Dentre elas, o desenvolvimento de transtornos psicológicos e psiquiátricos (ansiedade, depressão e até suicídio) em parcela significativa da população infantil, assim como, registros de um aumento preocupante na violência física e abuso sexual. A fome exerce também um papel de importante preocupação neste cenário, uma vez que a escola é a oportunidade de alimentação para muitas crianças do nosso país.

Diga não ao lockdown pediátrico!

Dra. Caroline Teles

Denúncia: Em Salgueiro, pessoas burlam protocolo e furam a fila de vacinação

Neste mês de março, completou-se um ano de pandemia do coronavírus. Após a tão esperada fabricação da vacina, todos aguardam ansiosamente pela sua imunização. Em meio a toda essa espera, algumas pessoas decidem burlar a ordem determinada pelo plano de vacinação.

Na tarde desta sexta-feira (26), o Pauta de Hoje recebeu uma denúncia sobre a vacinação contra covid-19 em Salgueiro. No Plano de Operacionalização da Vacina do município, profissionais que atuam em cuidados domiciliares como cuidador de idosos e doulas foram inclusos na fase 3 do cronograma, pertencendo ao grupo de Trabalhadores da Saúde, podendo receber a vacina.

Entretanto, segundo a denunciante, pessoas que não se encaixam neste grupo estão burlando o protocolo, preenchendo ilegalmente os formulários disponíveis na internet, se apresentando como cuidadores de idosos e recebendo a imunização da Secretaria de Saúde. A denúncia foi recebida no dia que entrou em vigor a Lei nº 17.190 que prevê multa de R$ 10 mil a R$ 100 mil para aqueles que furarem a fila da imunização contra qualquer doença em Pernambuco.

Segundo a Classificação Brasileira de Ocupações – CBO (código 5162), o cuidador de idoso é quem “cuida a partir dos objetivos estabelecidos por instituições especializadas ou responsáveis diretos, zelando pelo bem-estar, saúde, alimentação, higiene pessoal, educação, cultura, recreação e lazer da pessoa assistida”.

Salgueiro: Leitor denuncia descaso com Açude Velho e Pista de Cooper

Nesta quarta-feira (17), um morador do bairro Divino Espírito Santo entrou em contato com o Pauta para denunciar descaso.

Segundo ele, que não quis ser identificado, a Pista de Cooper está em total abandono. O local é via de acesso de vários moradores do bairro.

“Não se vê mais água no açude, só mato com muito mau cheiro. A pista de cooper está cheia de lixo, entulho, lama e esgoto ao céu aberto. Quando a prefeitura vai olhar pra cá? Não bastasse a pandemia, ainda temos que considerar todas as doenças e riscos que locais como esses podem oferecer”, desabafou.