
Dando início à série de matérias sobre o cenário político das cidades do Sertão Central de Pernambuco, hoje trazemos o balanço dos primeiros seis meses da gestão em Cedro, recém-completados neste mês de julho. A proposta é analisar, com base em fatos públicos, movimentações políticas e percepções locais, como os prefeitos eleitos em 2024 vêm conduzindo seus mandatos.
Eleita com uma margem apertada (50,49%), Riva Bezerra assumiu a Prefeitura de Cedro com a promessa de reconstrução. Seu estilo é conhecido por ser extremamente presente, a prefeita faz questão de acompanhar de perto desde obras até decisões administrativas, o que transmite à população uma imagem de quem “bota a mão na massa”.
Porém, falta trato político, e essa postura teve efeitos colaterais. Ainda nos primeiros 100 dias, Riva rompeu com o vice-prefeito Antônio Leite, abrindo uma crise política precoce que fragilizou momentaneamente sua base de apoio. Também houve atritos com o vereador Tiago de Vilmar, que contou com o apoio indireto de Riva para se eleger como presidente da Câmara. A prefeita costuma reagir publicamente, inclusive com vídeos nas redes sociais em tom crítico aos adversários.
Apesar disso, os resultados práticos da gestão são visíveis e não refletem negativamente na forma como a população tem avaliado seu governo: a prefeita tem anunciado obras em infraestrutura, iniciado programas de recuperação de vias e buscado ações sociais contínuas. A marca da gestão tem sido o trabalho e o protagonismo direto da chefe do Executivo. Se conseguir reorganizar sua base e manter a entrega de resultados, a tendência é que a aprovação cresça, revertendo a eleição apertada em vantagem sólida.
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Reforçamos que este conteúdo tem caráter jornalístico e opinativo, sem vínculo com pesquisas oficiais de avaliação.
Amanhã, nosso olhar se volta para Mirandiba.