Sindicato dos professores repudia ataques virtuais contra a UNIVASF em Salgueiro após início das obras do novo prédio

Depois de anos de debates e divergências políticas, a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) deu início, na última quarta-feira (27), à construção do novo bloco acadêmico do Campus Salgueiro. As obras, orçadas em mais de R$ 26 milhões, estão sendo executadas pela empresa 9 Engenharia no terreno da antiga estação ferroviária da cidade. O espaço contará com oito salas de aula, dez laboratórios, duas salas de colegiados com 36 gabinetes e quatro baterias de banheiros.

A chegada das máquinas e o início do fechamento do canteiro de obras marcaram um momento histórico para a educação e para o desenvolvimento do município. Contudo, gerou polêmica após a demolição da chamada “casa do sanfoneiro”, imóvel que ficava na área destinada às obras. Um vídeo da derrubada foi publicado em um perfil no Instagram, gerou comentários ofensivos contra a universidade e seus servidores.

Entre as mensagens, foram feitas acusações de que universidades públicas seriam locais de “ódio”, “analfabetismo funcional” e “usuários de drogas”. Além disso, docentes da Univasf foram chamados de “mequetrefes” e tiveram sua idoneidade profissional questionada.

O caso foi levado ao Ministério Público Federal (MPF) por meio de denúncia apresentada (confira a denúncia). Em nota divulgada neste domingo (31), o Sindicato dos Docentes da Univasf (Sindunivasf) repudiou “de forma veemente” os ataques dirigidos à instituição e à comunidade acadêmica do Campus Salgueiro.

“Atacar a Univasf é atacar o futuro do Sertão e negar o direito de ascensão social a toda uma geração”, destacou a entidade, lembrando que a universidade é uma conquista histórica para a região e cumpre papel fundamental ao abrir oportunidades de educação superior gratuita e de qualidade.

O Sindunivasf também afirmou que não tolerará ataques de ódio e informou que sua assessoria jurídica será consultada para avaliar a responsabilização dos autores.

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