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Bolsonaro se aproxima de acordo com o PL; decisão refletirá em Pernambuco

Dois anos após romper com o PSL, ao que tudo indica, Jair Bolsonaro finalmente encontrou um partido. O presidente confirmou que o Partido Liberal (PL) deve ser sua nova casa. Em entrevista à CNN Brasil, nesta segunda-feira (8), Bolsonaro afirmou que o acordo entre ele e o partido “está 99% fechado” e que “a chance de dar errado é quase zero”. “Está tudo certo”, disse. A filiação pode ocorrer ainda esta semana.

Na última segunda (1), o presidente havia voltado a mencionar esse assunto. “Tem três partidos que me querem, fico muito feliz”, comentou em entrevista a jornalistas na Itália. “São três namoradas, vamos assim dizer. Duas vão ficar chateadas. O PRB [atual Republicanos], o PL e o PP, e cada dia um está na frente na bolsa de apostas”, disse.

Naquele momento, o Progressistas (PP), do ministro da Casa Civil Ciro Nogueira, contava com a preferência do presidente. O partido facilitaria as articulações do Planalto no Congresso, onde possui a presidência da Câmara dos Deputados e a quarta maior bancada da Casa.

Em Pernambuco, a sigla é aliada histórica do PSB, que faz oposição ao presidente. No estado, o partido é presidido pelo deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), que demonstra interesse em continuar na Frente Popular.

Portanto, a maior vantagem é a do PL. A reaproximação de Bolsonaro com o Centrão reforça o abandono do discurso anticorrupção, mas garante a tranquilidade que a disputa interna do PP não o traria. Além disso, a legenda conta com a terceira maior bancada da Câmara e a 1º vice-presidência da Casa.

Os planos dos bolsonaristas em Pernambuco, no entanto, podem colidir com as movimentações atuais do presidente do PL no estado. O diretório pernambucano do partido é liderado pelo prefeito de Jaboatão dos Guararapes Anderson Ferreira, que se articula no movimento Levanta Pernambuco ao lado do PSDB, PSC e Cidadania. Os tucanos pretendem lançar a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, à disputa pelo governo estadual.

Também citado por Bolsonaro, o Republicanos nunca esteve efetivamente empenhado em filiar o presidente. Para a sigla, ligada à Igreja Universal, a prioridade é eleger o maior número de parlamentares. “Essa possibilidade de entrada de Bolsonaro no partido ela é, na minha avaliação, inexistente”, consumou o deputado federal e presidente da legenda em Pernambuco, Silvio Costa Filho.

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