Brasil

Composição do novo Congresso Nacional mostra força da direita bolsonarista

Com o País dividido, mais uma vez, entre a direita representada pelo atual presidente Bolsonaro (PL) e a centro-esquerda liderada pelo ex-presidente Lula (PT), que terminou o primeiro turno à frente com mais de 48% dos votos válidos, o Congresso Nacional dos próximos quatro anos seguirá dominado pelo Centrão com uma presença maciça da “onda conservadora” que emergiu em 2018.

Em linhas gerais, o PL foi o partido que elegeu a maior bancada na Câmara, com 99 deputados, seguido pela Federação Brasil da Esperança (PT-PCdoB-PV), que terá 79. Na Casa Alta, Bolsonaro conseguiu emplacar 14 apoiadores enquanto Lula conta com oito aliados.

Forças em disputa

Este ano, nomes muito próximos de Bolsonaro – alguns deles, inclusive, fizeram parte do Governo ao longo do primeiro mandato – se destacaram nas eleições para a Câmara e o Senado, como a deputada Bia Kicis (PL), que obteve o melhor desempenho no Distrito Federal, com mais de 214 mil votos.

Em São Paulo, três bolsonaristas ficaram em segundo, terceiro e quatro lugares entre os mais votados: Carla Zambelli, Eduardo Bolsonaro e o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles; todos do PL. O ex-secretário de Cultura, Mário Frias (PL-SP), e o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello (PL-RJ) também se elegeram deputados federais. Em Pernambuco, os mais bem votados foram André Ferreira (PL) e Clarissa Tércio (PP).

Para a Casa Alta, foram eleitos Romário (PL-RJ), Cleitinho Azevedo (PSD-MG), Jorge Seif (PL-SC) e os ex-ministros Marcos Pontes (PL-SP), Damares Alves (Republicanos-DF) e Tereza Cristina (PP-MS).

Além disso, personagens identificados no mesmo campo da direita conservadora e do antipetismo conquistaram cadeiras no Senado. Foi o caso do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro (União Brasil-PR), do ex-senador Magno Malta (PL-ES) e do vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS).

Por outro lado, o campo mais vinculado à centro-esquerda obteve vitórias importantes, conseguindo eleger para a Câmara lideranças como a ex-ministra do Meio Ambiente do Governo Lula, Maria Silva (Rede-SP), e a presidente do PT e ex-ministra da Casa Civil de Dilma, Gleisi Hoffmann (PR) – segunda colocada logo abaixo do ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos).

Guilherme Boulos (PSOL) foi o federal mais bem colocado em São Paulo, com mais de 1 milhão de votos. No Senado, há ainda os ex-governadores Camilo Santana (PT-CE) e Flávio Dino (PSB-MA), além da pernambucana Teresa Leitão (PT).

Informações: Folha PE

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