CSN desiste de concluir trecho da Transnordestina até o ramal de Pernambuco, no Porto de Suape
A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), controladora da Transnordestina Logística S.A. – que está construindo a Ferrovia Transnordestina e fará sua operação -, desistiu da construção do ramal até o Porto de Suape. Com isso, vai focar os investimentos no trecho que liga a cidade de Eliseu Martins, no Piauí, passando por Salgueiro (PE), e chegando ao Porto do Pecém, que tem uma posição geográfica mais favorável, estratégica, com relação aos principais mercados globais, como Estados Unidos e Europa.
O trecho excluído do contrato por meio de um aditivo, ligaria o município de Salgueiro ao Porto de Suape. A assinatura segue o disposto em deliberação da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), publicada no Diário Oficial da União do dia 23 deste mês. Além disso, ficou definido que a conclusão da obra deverá ocorrer num prazo de sete anos.
A princípio, a Transnordestina teria um total de 1.750 quilômetros de extensão, com os dois ramais ligando aos portos do Pecém e Suape. Com a desistência de construção do ramal pernambucano, com 520 quilômetros, a extensão da ferrovia, que realizará a integração de uma das principais áreas produtoras de grãos do Nordeste ao terminal portuário cearense, ficará com cerca de 1.230 quilômetros.
Além da ferrovia propriamente dita, que representará uma enorme ganho econômico para o Ceará, os planos da CSN incluem a construção de um Centro de Recebimento e Distribuição de cargas sólidas e líquidas, além de um Terminal de Múltiplo Uso (Tmut) no Pecém, agregando ainda mais valor e operacionalidade ao terminal portuário cearense, que tem como sócio (30%) um dos maiores portos da Europa, o de Roterdã.
Como as obras deverão estar concluídas em 2030, a Transnordestina também poderá ser utilizada para a movimentação de Hidrogênio Verde (H2V), produzidos no Hub que inicia obras no Complexo do Pecém ainda em 2023, ampliando a capacidade econômica do Ceará. A Marquise Infraestrutura está realizando as obras da Ferrovia Transnordestina dentro do território cearense.
Quando estiver concluída, a ferrovia terá capacidade para transportar cerca de 30 milhões de toneladas por ano, principalmente granéis sólidos (minério e grãos). Ao promover a integração, a Transnordestina se consolida como um elo fundamental para dinamizar a economia do nordeste, reduzindo os custos de logística de uma das principais regiões produtoras do Nordeste do Brasil.
Informações: Portal IN