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Morre veterinária vítima da “Doença da Urina Preta”, no Recife

Morreu no Recife, aos 31 anos, a médica veterinária Priscyla Andrade. Ela estava internada em um hospital particular desde o dia 17 de fevereiro após apresentar sintomas provocados pela Síndrome de Haff, popularmente conhecida como “Doença da Urina Preta”.

A vítima deu entrada no hospital após ingerir, em um almoço na casa da irmã Flávia Andrade, o peixe de espécie Arabaiana, uma espécie conhecida popularmente como “olho de boi”.

“Tive o primeiro consumo desse peixe uma semana antes da sexta-feira de carnaval a uma pessoa conhecida. Me senti mal, as empregadas também se sentiram mal, com dor de coluna, estômago, dores abdominais, mas não demos importância. Não foi uma dor tão intensa quanto a dor que sentimos na segunda vez que consumimos o peixe. No segundo consumo, além de mim e das secretárias, meu filho comeu o peixe e Priscyla também. Quando fomos socorrer Priscyla, que estava com fortes dores e não conseguia se mexer de tanta dor, eu também comecei a sentir os sintomas. Fiquei com os movimentos da nuca até o quadril paralisados. Socorremos Pricyla, eu fui medicada e voltei para casa, e Priscyla foi para a UTI”, contou a empresária e irmã Flávia Andrade, de 36 anos, em vídeo publicado nas redes sociais na última quinta-feira (25).

Flávia também contou que após realizar exames, teve alterações das taxas e voltou a sentir dores, enjoo e diarreia, sendo levada ao hospital novamente. Após a alta médica, a empresária pediu orações para a irmã, que seguiu internada, mas que teria apresentado melhoras no quadro clínico.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), Pernambuco registrou, entre 2017 e 2021, 15 casos da doença, sendo dez confirmados (quatro em 2017 e seis em 2020) e cinco em investigação (em 2021).

Síndrome de Haff

A doença de Haff é uma doença rara que acontece de forma repentina e que é caracterizada pela ruptura das células musculares, o que leva ao aparecimento de alguns sinais e sintomas como dor e rigidez muscular, dormência, falta de ar e urina preta, semelhante à café. De acordo com os médicos, a toxina se desenvolve em peixes que são transportados e comercializados em temperaturas irregulares. O ideal é que o peixe seja mantido com temperatura entre -2º e 8ºC. 

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