Novas figurinhas no Instagram – entenda o significado do Ramadã
O Instagram lançou, nesta semana, três novos adesivos para stories: uma lua crescente com estrelas; uma mesquita à noite; e um prato com bebida e frutas. Não é apenas uma série de figurinhas fofas, elas têm um significado bem importante para os muçulmanos.
A ideia é celebrar o Ramadã, o mês sagrado do calendário islâmico. Como em outras datas comemorativas, por exemplo no Ano Novo chinês, os stories que utilizam os stickers especiais aparecem com destaque no feed do Instagram.
Por isso, muitas pessoas começaram a utilizar as figurinhas e a hashtag “#Ramadan” indiscriminadamente – o que é ofensivo para os adeptos do islã.
O calendário islâmico é contado pelas voltas que a Lua dá na Terra, por isso não coincide com o ano gregoriano, utilizado no ocidente. Ramadã é seu nono mês lunar, que em 2021 acontece de 13 de abril a 12 de maio. Neste período, todos os dias entre o nascer e o pôr do sol, os muçulmanos devem se abster de comidas, bebidas e outros prazeres.
A ideia é purificar corpo e mente, focando na oração, espiritualidade e caridade. Esse jejum é um dos cinco pilares do islamismo. Trata-se de um mês para provar e aumentar a fé, se aproximando do divino.
O Ramadã remete à época em que o profeta Maomé começou a receber do Anjo Gabriel as revelações da palavra de Deus, em 610 CE —Common Era (Era Comum), o termo muçulmano para o cristão “AC” (Antes de Cristo). Ele as registrou no Alcorão, o livro sagrado do islã.
No final de cada tarde de Ramadã, famílias e amigos se reúnem para o “Iftar”: uma refeição comunitária de gostosuras pós-jejum, que começa quando o sol se põe. Tradicionalmente, uma tâmara é o primeiro alimento a ser consumido. Antes do amanhecer, acontece o “Suhoor”, um café da manhã farto. Os encontros podem durar por toda a madrugada, regados a orações e com decoração especial, em mesas na rua ou nas mesquitas.
Porém, este ano, com a pandemia de covid-19, eles estão limitados a acontecer dentro dos lares islâmicos só para os núcleos familiares.
Informações: Agência de Notícias Brasil-Árabe
