Em Salgueiro, apoiadores de Bolsonaro disputam o cargo de coordenador de campanha

Em Salgueiro, as brigas pela coordenação de campanha do candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL) estão movimentando a cidade. Segundo o ex-suplente de vereador, Vadinho Vasconcelos, ele é quem vai coordenar a campanha no Sertão Central.

O problema é que, logo após Vadinho divulgar, um grupo de direita que se formou em 2018, durante as eleições presidenciais, se manifestou dizendo que não aceita a indicação.

“Fizemos campanha em 2018 para o presidente Bolsonaro e defendemos até os dias atuais. Os bolsonaristas salgueirenses não foram consultados”, declarou George, um dos representantes do movimento. Além disso, lembram que o suposto coordenador de campanha nunca defendeu Bolsonaro publicamente ou participou das ações do grupo. “O grupo não aceita nem a coordenação e nem a candidatura de Vadinho”. As informações são do colunista Carlos Britto.

Carga com 48 toneladas de açúcar sem nota fiscal é retida pela PRF em Salgueiro

Uma carga de 48 toneladas de açúcar sem nota fiscal foi retida, nesta terça-feira (5), pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na BR 116, em Salgueiro. A mercadoria havia saído de Maringá, no Paraná, com destino a Santa Cruz da Baixa Verde.

O flagrante foi realizado em uma fiscalização. Durante a abordagem a um veículo de carga, o motorista informou que não portava nenhuma documentação fiscal da mercadoria.

Inicialmente, o motorista informou que a carga iria para a cidade de Penedo, em Alagoas, mas depois admitiu que iria entregá-la em Santa Cruz da Baixa Verde, para produzir rapadura.

A Secretaria da Fazenda de Pernambuco (Sefaz-PE) foi acionada, para adotar as providências cabíveis e providenciar a regularização fiscal.

Câmara de Vereadores de Salgueiro abre seleção para contratar Intérpretes de Libras

O legislativo municipal divulgou nesta terça-feira (5) que está realizando uma seleção pública para contratação de dois Intérpretes de Libras por tempo determinado. Para concorrer ao cargo, o candidato precisa comprovar a formação para a atuação profissional como tradutor e intérprete.

“A inclusão social é uma das preocupações da Câmara. Desde o início do atual quadriênio realizamos a contratação de intérpretes em Libras para que a interação entre a Casa e o Povo seja inclusivo e o mais eficiente possível”, disse o presidente da Casa, o vereador Agaeudes Sampaio.

Os interessados devem entregar o currículo na Administração da Casa Epitácio Alencar, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h. Mais informações através o (87) 3871 0870 ou e-mail: contatocamarasalgueiro@hotmail.com.

Salgueiro inicia campanha para vacinar contra a influenza e sarampo

A semana começa com duas marcas importantes no calendário de vacinação de crianças e adultos.

Para os idosos com mais de 60 anos e profissionais da saúde chega a injeção para proteger da gripe. As doses estão sendo aplicadas em todas as Unidades Básicas (UBSs), nos bairros e distritos. Nessa primeira etapa, que segue até 2 de maio.

A vacina contra a gripe utilizada no SUS é produzida pelo Instituto Butantan, sendo eficaz contra as cepas H1N1, H3N2 e a nova variante Darwin, que provocou epidemia em Pernambuco entre a segunda quinzena de dezembro de 2021 e a primeira quinzena de janeiro de 2022.

Já para meninos e meninas entre seis meses e cinco anos, a imunização contra o sarampo com a vacina tríplice viral, que protege também contra a caxumba e a rubéola será na segunda etapa da campanha, de 3 de maio a 3 de junho. Outros grupos prioritários receberão apenas a da influenza nesse mesmo período.

Hospital de Barbalha é condenado por retirar rim saudável de criança de 5 anos

O Hospital e Maternidade São Vicente de Paulo, em Barbalha, foi condenado a indenizar em mais de R$ 500 mil a família de uma criança de cinco anos que teve um rim saudável retirado por engano durante um procedimento cirúrgico. A decisão é da 1ª Vara Cível da Comarca do Crato, cidade onde mora a família da garota. Após a cirurgia, a menina se submeteu a uma série de tratamentos, em Fortaleza, e precisou passar por um transplante para recuperar a atividade renal. Mas depois de receber o novo órgão, ela contraiu um vírus e morreu no último dia 18 de março devido a complicações na saúde.

Elise Bezerra dos Santos Dias recebeu diagnóstico de atrofia no rim esquerdo ainda em julho de 2016, um mês após seu nascimento. À época, o médico responsável pelo atendimento indicou que a criança precisaria passar por uma nefrectomia, como é chamado o procedimento para a retirada do órgão. Segundo a mãe da menina, Danieli Bezerra, a cirurgia foi realizada em junho de 2018, após quase dois anos de tratamento.

Ela denuncia que, durante o procedimento, ao invés de extrair o órgão atrófico, o cirurgião responsável retirou o rim do lado direito, que era responsável por 98% da função renal da criança, segundo mostrou um exame pré-operatório. “Eu desconfiei que tinha algo errado quando eu pedi para ver o rim retirado, que foi colocado dentro de um recipiente, e ele tinha boa aparência. Eu até questionei a enfermeira em relação ao aspecto, porque parecia ser um rim normal, mas ela disse que os dois eram iguais”, relatou a mãe.

Segundo Danieli, horas após a cirurgia, Elise começou a apresentar inchaço em todo o corpo e não conseguia mais urinar. O médico foi comunicado sobre as complicações quando já havia saído do hospital. Ele orientou que a paciente ficasse em observação até o dia seguinte, quando haveria a primeira avaliação pós-cirúrgica.

“Quando o médico chegou para olhar ela, já me chamou para dizer que a cirurgia não tinha ocorrido como o esperado, que alguma coisa tinha dado errado e que ela seria transferida para a UTI. Eu já fiquei desesperada”, relata. Com o agravamento do quadro nos dias seguintes, a criança precisou ser transferida com urgência para o Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), em Fortaleza.

Na Capital, Elise teve que ser submetida a vários procedimentos cirúrgicos. Em um deles, chamado de Laparotomia exploratória, em que é feito um corte na região do abdômen para examinar lesões internas, a equipe médica do hospital confirmou que o rim direito da garota havia sido retirado. Já o rim esquerdo, que estava atrofiado, não foi localizado. Os profissionais disseram à mãe que possivelmente o órgão tenha se diluído no organismo da paciente.

Sem os rins, a criança precisou passar por sessões diárias de hemodiálise até receber uma doação. O transplante ocorreu em dezembro de 2019, após mais de um ano de tratamento. Durante esse período, Danieli passou a morar em Fortaleza para prestar assistência integral à filha. “A gente passava a maior parte do dia no hospital, mas mesmo assim eu não reclamava porque tinha a esperança de que ela iria ficar boa”, relembrou.

Cerca de seis meses após receber o novo órgão, Elise contraiu o Vírus Epstein-Barr (VEB), patógeno que causa proliferação desordenada de células no organismo e gera uma massa anormal de tecido. Após o diagnóstico, diz a mãe, ela passou por diversos tratamentos e terapias, mas não resistiu às complicações.

“A causa da morte, oficialmente, foram as complicações pós-transplante, mas, que fique claro, transplante esse que foi necessário para ela por conta desse erro médico cometido, que lhe tirou um rim saudável”, afirma Danieli. Ela ainda cobra que, além do hospital, o médico responsável pela cirurgia também seja responsabilizado. “Eu espero que ele tenha o registro [profissional] cassado. O erro dele custou a vida da minha filha. Se ele tivesse feito a coisa certa, ela estaria aqui com a gente nesse momento”, concluiu a mãe.

Nota do Hospital

O Hospital São Vicente de Paulo informou que recorreu da decisão da primeira instância e espera o andamento da ação na Justiça Estadual, “não comentando processos que seguem em tramitação”. A instituição também disse lamentar profundamente a morte da Elise e manifesta “os mais profundos sentimentos à família enlutada”.

Informações: O Povo