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Policiais presos emprestavam dinheiro e matavam os devedores em Pernambuco, aponta investigação

Os policiais militares e civis presos na Operação Metástase, da Polícia Federal, nesta quarta-feira (12), são suspeitos de integrar um grupo de milícia que atuava no interior de Pernambuco.

De acordo com as investigações, o grupo tem “características típicas de grupo de extermínio”, é especializado em crimes violentos contra a vida e atua principalmente nos municípios de Salgueiro, Serra Talhada, Ouricuri e Parnamirim, no Sertão do Estado.

As investigações da Polícia Federal apontaram que a milícia emprestava dinheiro e depois ameaçava as pessoas de morte que estavam devendo. Além disso, atuavam com segurança clandestina ameaçando comerciantes que não pagavam uma determinada taxa.

Policiais da Paraíba e do Ceará, que também foram presos na operação, seriam os responsáveis por se deslocar ao Sertão de Pernambuco para efetuar os crimes.

Até o fim dessa quarta (12), dez mandados de prisão temporária foram cumpridos – sendo cinco policiais militares, dois policiais civis e outras três pessoas.

Outros seis mandados de prisão ainda faltavam ser cumpridos. Também foram expedidos 17 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares, a exemplo do sequestro de bens dos principais investigados.

Foram expedidos:

5 mandados de prisão temporária e 6 de busca e apreensão em Serra Talhada;

2 mandados de prisão temporária e 2 de busca e apreensão em Salgueiro;

3 mandados de prisão temporária e 4 de busca e apreensão em Ouricuri;

1 mandado de prisão temporária em Belém de São Francisco;

1 mandado de prisão temporária e 1 de busca e apreensão em Parnamirim;

1 mandado de prisão temporária e 1 de busca e apreensão em Brejo Santo, no Ceará;

1 mandado de prisão temporária e 1 de busca e apreensão em Crato, no Ceará;

2 mandados de prisão temporária e 2 de busca e apreensão em Porteiras, no Ceará.

Participam da operação 180 policiais federais dos Estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe, incluindo equipes do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal, além de 50 policiais militares e nove policiais civis da Corregedorias dos Estados de Pernambuco, Paraíba e Ceará.

A Polícia Federal ainda não deu detalhes de quantas mortes estão sendo atribuídas aos suspeitos.

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