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Polícia conclui investigação da morte de Beatriz Angélica após mais de 6 anos

A investigação sobre o assassinato da menina Beatriz Angélica Mota foi concluída pela Polícia Civil de Pernambuco após mais de seis anos. A criança foi assassinada a facadas em (10) de dezembro de 2015, aos sete anos de idade, em um colégio particular de Petrolina.

A confirmação do desfecho foi feita pela corporação nessa quarta-feira (6). Agora, o caso ficará sob responsabilidade do Ministério Público de Pernambuco.

O suspeito de cometer o crime, Marcelo da Silva, 40, está preso e foi indiciado por homicídio qualificado. A defesa disse que não teve acesso ao teor da conclusão. “Estamos aqui para rebater e sugerir o que for necessário e colocar o time em campo com o crivo do contraditório e da ampla defesa caso o Ministério Público entenda que haja elementos para oferecer denúncia”, disse o advogado Rafael Nunes.

Em nota, a Polícia Civil afirma que “o procedimento segue sob segredo de Justiça e, por isso, não podem ainda ser fornecidos maiores dados sobre as investigações”.

De acordo com a família de Beatriz, outras três pessoas também foram indiciadas. A mãe da menina, Lucinha Mota, esteve na Polícia Civil na quarta para receber a conclusão da investigação.

“O inquérito também tem mais pessoas que foram indiciadas por obstrução de Justiça, falso testemunho, três funcionários do colégio e mais Marcelo da Silva, o autor do crime”, disse Lucinha em entrevista à TV Grande Rio, de Petrolina, nesta quinta (7).

O Ministério Público de Pernambuco afirmou, em nota, que vai analisar o inquérito “com a maior brevidade possível, devido à quantidade de material produzido na investigação” para tomar as providências legais.

A policia conseguiu chegar ao suspeito por meio da comparação do DNA de Silva, preso desde 2017, com o coletado na faca usada no crime. As informações genéticas dele foram inseridas na base de dados estadual em 2019, quando houve uma atualização no banco. No início deste ano, o suspeito foi submetido a um procedimento relacionado ao outro processo ao qual responde, ocasião em que houve nova coleta de seu DNA, que confirmou o que a polícia tinha atestado.

Nos últimos seis anos, foram sete perícias, 24 volumes no inquérito, 442 depoimentos e 900 horas de imagens analisadas. O caso passou por oito delegados diferentes e, recentemente, ficou sob responsabilidade de uma força-tarefa formada por quatro profissionais.

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