A realização da tão sonhada passagem molhada que iria tirar os moradores do Novo Everest, Santa Margarida e Nossa Senhora de Fátima do isolamento em épocas de chuva, corre um grande risco de não se concretizar. A construtora responsável pela obra, que iniciou no mês passado em ritmo acelerado, demitiu 21 funcionários e está em processo de desmobilização.
A decisão foi tomada após a Prefeitura de Salgueiro determinar a interdição e fechamento pela suposta ausência de inscrição municipal. A certidão de inscrição municipal da construtora que está executando a obra foi apresentada pelo vereador Emmanuel Sampaio. Segundo o parlamentar, após a apresentação da inscrição, a prefeitura também pediu um checklist de documentação da Companhia de Desenvolvimento do Vale São Francisco (Codevasf).
“Cheguei com o maior prazer para entregar a documentação da empresa, quando cheguei na Secretaria de Meio Ambiente disseram que não queriam os dados da empresa, mas sim da Codevasf. Justifiquei que quem ia executar a obra era a empresa e não a Codevasf, pois é ela a responsável por todos os trâmites da obra. (…) Foi aí que eu senti que não ia ser tão fácil”, contou Emmanuel nesta terça-feira (8), durante um Podcast.
O vereador contou que durante o trâmite para conseguir suprir a documentação solicitada pelas Secretarias de Obras, de Finanças e de Meio Ambiente, a prefeitura não liberou a continuidade da obra.
Ainda segundo Emmanuel, após sanar todas as solicitações, a administração municipal paralisou a obra pela segunda vez.
“O dono da empresa disse que tinha muita obra para executar e não podia ficar com a mão de obra e maquinário parado enquanto a prefeitura para a obra e não resolve o que realmente quer”, contou.
Insegurança
A redação do Pauta de Hoje entrou em contato com um colaborador da construtora que informou que 21 funcionários foram demitidos na última segunda-feira (7) e outros 6 funcionários estão participando do processo de desmobilização e serão demitidos na próxima segunda-feira (14).
Diante desse cenário desolador, há uma grande insegurança com a conclusão da obra. Com a mudança do Governo Federal em 2023, a Codevasf, órgão federal responsável pela obra, pode não finalizar a construção da passagem molhada.